Esta gaivota-d’asa-escura (Larus fuscus) chegou ao RIAS totalmente imobilizada por uma amostra de pesca. Dada a existência de vários anzóis nestas amostras, os animais tendem a ficar presos com várias partes do corpo, e neste caso, pode ver-se o bico e uma das patas perfurados pelos anzóis, tornando impossível para a gaivota movimentar-se, e consequentemente, alimentar-se. E isto era visível na sua condição corporal.
O ferimento da pata não era alarmante, mas o anzol no bico havia perfurado o palato, e este ferimento, sim, exigiu uma atenção redobrada por parte da nossa equipa.
Foram aplicados os primeiros socorros correspondentes à situação e a gaivota deixada a repousar.
Felizmente, a sua evolução tem sido positiva, e atualmente já está numa instalação exterior com outras gaivotas e recuperando forças para ser devolvida novamente na natureza dentro de poucas semanas.
É importante destacar que se encontrar um animal preso em anzóis ou fios, não deverá removê-los! Remover um anzol da forma incorreta poderá comprometer o bem-estar do animal, e dada a experiência do RIAS, sabemos que cortar um fio antes do animal chegar até nós, poderá fazer com que fique demasiado entrelaçado nas penas, e quase impossível de encontrar mais tarde.
Em caso de dúvida, pode sempre ligar-nos e iremos ajudar.