Desde o início da atividade do RIAS, ingressaram apenas 17 flamingos-comuns (Phoenicopterus roseus) no centro, tendo o último ingresso acontecido em março de 2018.
Mas em meados de agosto, o número aumentou para 18, pois recebemos um novo espécime proveniente de Alcoutim.
Durante o exame físico, foi possível observar uma luxação no ombro direito confirmada pela realização de um exame radiológico.
Dada a especificidade de habitat e de relação social desta espécie, é muito importante que haja enriquecimento ambiental, de forma a minimizar o stress. Desta forma, foram colocadas canas altas como barreira visual, para que se sinta protegido, e espelhos para simular a existência de outros indivíduos.
Esta é uma espécie que filtra pequenos crustáceos (Artemia salina) existentes nas salinas (é a partir destes que o flamingo adquire os pigmentos que lhe dão a tonalidade cor-de-rosa/alaranjado). Para podermos fornecer o alimento próprio da espécie, para mais uma vez, minimizar as diferenças entre este e o seu habitat natural, contactámos a EPPO (Estação Piloto de Piscicultura de Olhão), na Quinta de Marim, que gentilmente nos tem cedido os organismos.
Artemia salina vistas em lupa
Atualmente, a ave já foi transferida para uma outra instalação bastante mais espaçosa, onde poderá praticar o voo.