Geralmente, as gaivotas ingressam no RIAS com sintomas compatíveis com intoxicação gastrointestinal (desidratação e diarreia) e paralisia muscular.
Mas em menor número, algumas chegam ao RIAS com sinais de trauma (fraturas, hematomas, …), que podem tornar o processo de recuperação mais complexo.
Em 2019 realizámos 19 cirurgias em gaivotas!
A meio de Janeiro recebemos uma gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis), cujo úmero esquerdo estava fraturado. Para corrigir esta condição, foi necessário recorrer a cirurgia, tendo sido colocada uma cavilha intramedular, que foi mais tarde retirada, aquando da ossificação do osso.
Quatro meses depois, esta ave estava totalmente recuperada e foi devolvida à Natureza.
No mesmo dia foi libertada uma outra gaivota-de-patas-amarelas que ingressou no centro a meio de Março.
Durante o exame físico desta, foi visível uma fratura exposta do tibio-tarso direito. Administrado antibiótico, foi decidido que seria necessário realizar cirurgia. Foi então colocado um fixador externo (que viria a ser retirado mais tarde) para unir novamente o osso, permitindo à ave voltar a apoiar-se em ambas as patas, e recuperar totalmente a mobilidade.