Já referimos anteriormente que o animal que mais ingressa no RIAS é a gaivota. Na sua grande maioria pertencente a duas espécies: gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis) e gaivota-d’asa-escura (Larus fuscus).
Geralmente apresentam paralisia muscular e sintomas compatíveis com intoxicação gastrointestinal (artigo sobre esta causa de ingresso AQUI), que incluem desidratação e diarreia. Em média, é preciso cerca de um mês e meio para que as aves recuperem totalmente, e estejam novamente aptas a estar em liberdade.
De entre as muitas gaivotas que recebemos em Março com estes sintomas, duas gaivotas-d’asa-escura, uma espécie migradora, destacaram-se por já estarem anilhadas.
Recolhida a informação, sabemos agora que uma delas foi anilhada há 15 anos em Walney, no Reino Unido.
O
facto de não ter a pata direita não comprometeu de forma alguma a sua
recuperação, tendo sido devolvida à Natureza no início deste mês.
facto de não ter a pata direita não comprometeu de forma alguma a sua
recuperação, tendo sido devolvida à Natureza no início deste mês.
A segunda gaivota, libertada no mesmo dia, foi anilhada na Noruega, a cerca de 3 000 km de distância de Portimão, local onde foi encontrada.
Ainda no mês de Março, recebemos outra gaivota com marcação. Desta vez, uma gaivota-de-patas-amarelas que foi anilhada pela equipa do RIAS há 6 anos atrás.
No entanto, a razão que a trouxe até ao nosso centro foi bastante diferente. Esta ave apresentava uma fratura no rádio e fissura no cúbito direito, e um hematoma com ferida perfurante.
Administrado um anti-inflamatório, e feita a ligadura na asa, esta gaivota ficou em recuperação, e foi devolvida à Natureza juntamente com as outras duas gaivotas.