Infelizmente continuam a chegar ao RIAS animais vitimas de tiro. Desde o início do ano o RIAS já recebeu águias-d’asa-redonda, corujas, peneireiros-comuns e até uma águia de Bonnelli. Não só o abate destas espécies é ilegal como é ilegal a caça fora da época permitida.
A recuperação deste tipo de lesões é bastante difícil, porque apresentam múltiplas fracturas pela dispersão dos chumbos.
Os últimos casos foram duas águias-cobreiras, uma espécie com estatuto de conservação de “quase ameaçada”, o que significa que é estimado que existam menos de 1000 indivíduos maduros em Portugal. Uma desta morreu devido aos ferimentos, sendo que a outra continua em recuperação mas com prognóstico muito reservado.
O RIAS faz suas as palavras do CERVAS (Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens, de Gouveia) que também conhece de perto este problema:
“Apelamos a todos os (verdadeiros) caçadores, e aos restantes cidadãos, para que denunciem ao SEPNA/GNR (SOS Ambiente: 808200520) todas as situações de abate ilegal de espécies protegidas que presenciem ou de que tenham conhecimento.
Já é suficientemente negativo que continue a ser permitida a caça a espécies que estão em declínio evidente, como é o caso da rola-brava (Streptopelia turtur). Não permitamos que se continuem a abater também as espécies protegidas.“
Num esforço conjunto entre o RIAS e o SEPNA de Moura este último caso já está em tribunal.