Celebra-se hoje a existência das serpentes, e a importância da sua conservação. Apesar de estarem sujeitas a várias ameaças que afetam a vida selvagem no geral (alterações climáticas, perda de habitat, …), são muitas vezes alvo de perseguição humana.
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Estes répteis são essenciais para manter o equilíbrio dos ecossistemas, desempenhando o importante papel de presa e predador, mantendo as populações dos diversos animais de que se alimenta.
Geralmente por receio do animal, são várias as cobras capturadas e transportadas para o nosso centro sem apresentarem qualquer tipo de ferimento. No entanto, devemos ter consciência de que coexistimos com estes animais, e de que apenas devem ser trazidos até nós, caso estejam feridas ou em situações de perigo.
Sendo o RIAS, um centro de recuperação e investigação de animais selvagens, também recebemos répteis. Este ano já ingressaram 16 cobras de quatro espécies:
– Cobra-rateira (Malpolon monspessulanus)
– Cobra-de-ferradura (Hemorrhois hippocrepis)
– Cobra-de-escada (Elaphe scalaris)
– Víbora-cornuda (Vipera latastei)
As mais recentes devoluções à Natureza foram de uma cobra-rateira e uma cobra-de-ferradura.
A primeira, a cobra-rateira, ingressou no RIAS com várias petéquias (pequenos pontos vermelhos resultantes da hemorragia de vasos sanguíneos) na boca e no corpo, possivelmente causadas por ingestão de uma presa intoxicada com rodenticidas anticoagulantes. Foi administrada rapidamente vitamina K (vitamina anti-hemorrágica), que durante os dias seguintes levou a melhorias significativas do animal.
A cobra-de-ferradura, por sua vez, foi capturada, mas não apresentava lesões aparentes, e foi por isso, libertada de imediato.