No espaço de duas semanas ingressaram no RIAS duas garças-boieiras (Bubulcus ibis).
As razões que as levaram a precisar da nossa ajuda foram diferentes. Uma delas não apresentava ferimentos mas estava bastante magra e desidratada, o que exigiu a administração de fluídos sub-cutâneos. Poucos dias mais tarde começou a aceitar o alimento que lhe era fornecido e finalmente a ganhar forças. Duas semanas mais tarde foi transferida para uma instalação exterior onde pôde treinar o voo e recuperar a massa muscular perdida.
A outra garça-boieira apresentava as penas sujas por uma substância adesiva que alterou o arranjo natural das penas, impedindo-a de voar. Para limpar a ave, foi necessário recorrer a um banho com água morna e um composto de ação dissolvente, uma técnica frequentemente aplicada em casos de conspurcação. Destacamos que isto é algo que, obviamente, apenas deve ser feito por profissionais e após a estabilização do animal.
Feita esta limpeza, a ave foi colocada na mesma instalação que a primeira garça, promovendo assim a socialização com a mesma espécie.
Algumas semanas mais tarde, e já recuperadas, foram devolvidas à Natureza por colaboradores do RIAS.