Esta gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis) ingressou no RIAS na semana passada e, apesar de a principal causa de ingresso ser debilidade, o ferimento que tinha junto ao bico era impressionante.
Apresentava uma quantidade enorme de larvas que já lhe haviam consumido grande parte da musculatura da mandíbula esquerda, expondo o osso.
Foi feita a limpeza da ferida e retirada a maior parte das larvas, e foram então administrados fluídos sub-cutâneos, e um conjunto de medicação para eliminar as restantes larvas, e prevenir possíveis complicações – antiparasitário, antibiótico e inseticida.
Durante os primeiros dias, continuou-se a limpar a ferida e foi aplicado um creme enzimático para estimular a cicatrização. Tudo isto contribuiu para que a gaivota começasse a ganhar forças e a comer por si mesma.
Infelizmente, a sua evolução teve um retrocesso inesperado. O ferimento começou a apresentar um edema enorme, e a sua cara a inchar, e apesar dos esforços da equipa, acabou por não sobreviver.
Apesar deste final, será mais um caso de aprendizagem. O próximo passo será realizar a necrópsia para tentar apurar a causa de morte, e poder prevenir futuros casos semelhantes.