Devolução à natureza de 1 mocho-galego (Athene noctua)
Quinta de Marim, Olhão
Este mocho deu entrada no RIAS no dia 26 de Maio de 2010 após ter sido recolhido em Loulé por particulares e entregue no RIAS.
Perante os sinais que apresentava, ambas as patas paralisadas, possivelmente devido a traumatismo craniano, a equipa medico-veterinária suspeitou de atropelamento como a causa mais provável. Deste modo o seu processo de recuperação consistiu em repouso e alimentação regular. Apesar de ter recuperado destas lesões, verificou-se que, durante este período estragou a maioria das suas penas de voo o que impediu a sua libertação. Assim, o mocho permaneceu no RIAS cerca de um ano de forma a que mudasse todas as suas penas estragadas. Durante este tempo permaneceu em contacto com outros indivíduos da mesma espécie de forma a se evitar a sua domesticação.
Entretanto, e devido ao tempo de permanência em cativeiro, desenvolveu uma infecção bastante grave que, mais uma vez, atrasou a sua libertação e obrigou à sua permanência no centro por mais algum tempo.
Após ter recuperado da infecção e ter-se confirmado que a ave voava e caçava naturalmente, os técnicos organizaram a sua devolução à natureza na presença dos particulares que o encontraram, baptizando-o de Boa Sorte. A sua libertação decorreu na Quinta de Marim, por se apresentar como um local ideal para a espécie e por já ter sido actualmente confirmada a presença da mesma.