No passado Domingo, chegou ao RIAS uma águia-cobreira (Circaetus gallicus) vinda do concelho de Moura.
Durante o exame físico foi detectada uma fractura proximal no rádio direito. Suspeitando-se de tiro, a equipa veterinária decidiu realizar um exame radiológico, onde se confirmaram estas suspeitas. Foram identificados três projécteis de caçadeira: na cabeça, ombro direito e costado esquerdo, e restos de um quarto projéctil no foco da fratura.
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Foi colocada uma ligadura na asa, e a águia foi transferida para uma câmara de recuperação interior, onde pode ser vigiada constantemente.
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Esta é uma espécie com estatuto de conservação ‘Quase ameaçada’ em Portugal, o que faz com que seja extremamente preocupante e grave haver quem tente abater estas aves.
Sendo uma espécie protegida por diversos decretos de lei, este é um ato punível por lei!
Infelizmente, esta não é a única ameaça à população de águias-cobreiras em Portugal. A redução da área de pinhal e o aumento de monoculturas correspondem a uma perda da área de nidificação e redução de presas, e a colisão/electrocussão em linhas aéreas de transporte de energia pode também ser um importante fator de mortalidade.