No dia 8 de Setembro foi recolhido em Loulé e entregue no RIAS o primeiro exemplar de flamingo-comum (Phoenicopterus roseus), também conhecido por flamingo-rosado, pela equipa do SEPNA/GNR-Loulé.
Após exame clínico, os veterinários do centro não detectaram nenhum tipo de lesão evidente no animal, apresentando este uma boa condição física. Face a estes sinais clínicos o flamingo foi transferido para uma câmara de recuperação onde se providencia diariamente água fresca e alimento.
Visto ser a primeira vez que o RIAS recebe uma ave desta espécie, contactou-se o Jardim Zoológico de Lisboa de forma a obter o máximo de informação possível sobre a sua manutenção em cativeiro, até à sua devolução à natureza e aumentar também o enriquecimento ambiental das instalações onde se encontra este animal.
Enriquecimento ambiental define-se principalmente como o conjunto de técnicas que modificam um determinado ambiente artificial, resultando na melhoria da qualidade de vida dos animais silvestres em cativeiro, ao satisfazer as suas necessidades comportamentais. Consulte alguns resumos de trabalhos feitos nesta área aqui e aqui.
Após um pequeno período de tempo no interior da câmara de recuperação verificou-se que o animal evidenciava alguns sinais de stress (estava cabisbaixo e constantemente a roçar o corpo na parede). Seguindo a experiência de outros centros de recuperação/parques biológicos, foi colocado um espelho na câmara do flamingo com o principal objectivo de gerar a sensação da presença de mais indivíduos no interior da câmara e diminuir assim o sentimento de solidão do animal.
Esta é uma abordagem para colmatar o forte sentido social de alguns animais selvagens, sendo o flamingo um exemplo comum de espécie onde tal procedimento é realizado. Após a colocação de um espelho num dos cantos da câmara o animal cessou os sinais de stress previamente mencionados e aproximou-se durante longos períodos de tempo do espelho (ver no vídeo).
O flamingo-comum é uma das mais emblemáticas aves selvagens que ocorrem em Portugal (Mais informações sobre esta espécie aqui).
Visto que é a primeira vez que um indivíduo desta espécie ingressa no RIAS e face a todo o trabalho envolvido não só dos técnicos como dos voluntários do centro, se estiver interessado em apadrinhar esta ave, o RIAS propõe uma contribuição de 25€ para particulares.
Seja o primeiro a apadrinhar um flamingo-comum em recuperação no RIAS e ajude o trabalho do centro!
Descarregue já a ficha de apadrinhamento aqui.