O cuco-rabilongo (Clamator glandarius) é uma ave com estatuto de conservação ‘Vulnerável’, que migra para Portugal na altura da Primavera/Verão para nidificar. Na verdade, nidificar não é bem a descrição certa. O cuco-rabilongo põe os seus ovos em ninhos de pêgas, corvos e/ou gaios, e deixa que sejam estes a alimentar as suas crias.
Em meados de Abril, ingressaram no RIAS três pequenas crias de cuco-rabilongo que terão caído do ninho de uma destas espécies. Infelizmente, um deles encontrava-se bastante debilitado e não sobreviveu.
No entanto, os outros dois cucos tiveram uma recuperação bem-sucedida, e foram devolvidos à Natureza após mês e meio no nosso centro.
É importante referir que quando são encontrados animais debilitados/feridos, é difícil saber há quanto tempo está sem alimento.
Apesar disto, não é aconselhável alimentar o animal sem que seja examinado pela equipa veterinária.
Desta forma, devem ser encaminhados para um centro de recuperação o mais depressa possível.
Um outro cuco ingressou no nosso centro enquanto juvenil, e apresentava alguns sinais de debilidade. Administrados fluídos sub-cutâneos para uma hidratação rápida, ficou em recuperação quase um mês até nos certificarmos de que conseguiria sobreviver sozinho na Natureza.
