Que ano que estamos a ter!
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Já alcançámos os 10 000 animais recuperados e agora adicionamos a este número um papagaio-do-mar (Fratercula arctica).
O primeiro recuperado pelo RIAS.
Foi resgatado no início de maio e encontrava-se bastante debilitado, com as penas desgastadas e uma mancha de óleo na barriga. Concluído o diagnóstico, demos início ao protocolo estabelecido para aves marinhas emaciadas – um processo que inclui, entre outros, administrações de fluídos (sub-cutâneos, intravenosos e/ou orais) de acordo com o seu estado. Para saber que medidas aplicar, temos sempre em consideração diversos critérios relacionados com o peso e valores sanguíneos.
Após todo o stress do resgate e do exame físico, deixámo-lo a descansar durante a noite.
Os dias que se seguiram foram focados no protocolo que referimos anteriormente, até que estava forte o suficiente e decidimos experimentar a dar-lhe peixe. Para nossa surpresa, foi com grande apetite que devorou todos os que lhe demos.
Durante os dias seguintes, e já totalmente estabilizado, foi colocado numa pequena piscina exterior, com acesso a um sítio seco, de forma a recuperar a sua impermeabilidade, tão importante para uma ave marinha. À noite, era recolhido para o interior para não estar susceptível às baixas temperaturas.
Pouco tempo depois, foi transferido definitivamente para uma instalação exterior, uma piscina maior, ainda com acesso a uma prancha, que lhe foi gradualmente retirada.
Assim ficou até ser finalmente libertado na zona onde foi resgatado, a Ilha Deserta.