Dada a curiosidade que sabemos haver, decidimos mostrar como são as instalações onde os animais estão enquanto recuperam.
Numa fase inicial, e dependendo sempre da condição física do animal, são colocados no internamento, onde ficarão enquanto precisarem de assistência para se alimentarem e/ou estabilizarem.
Após saírem deste espaço, são transferidos para câmaras de recuperação interiores, onde podemos continuar a monitorizá-los de perto.
Falcão-peregrino (Falco peregrinus) |
Quando em recuperação, é importante que os animais estejam num ambiente semelhante ao seu habitat natural, para um maior conforto e uma maior probabilidade de recuperação. Por essa razão, as instalações do RIAS são adaptadas o máximo possível à espécie em questão.
A sala das crias é um pequeno espaço onde geralmente estão os passeriformes, ouriços e cágados numa fase inicial, mas também camaleões, morcegos, ou crias de aves.
Nas câmaras de recuperação exteriores, cada espécie é colocada na instalação que mais se adequa às suas necessidades.
Por vezes, é necessário adaptar a instalação perante a chegada de um novo “hóspede”, como aconteceu com este ganso-patola (Morus bassanus). Aqui, foi improvisado um espaço com água salgada.
No entanto, estes habitats não são adequados, por exemplo, a aves de rapina. Para estas espécies, dependendo do porte e/ou fase etária, temos diferentes instalações.
O túnel de voo é onde colocamos aves de grande porte (como abutres, águias, cegonhas ou bufos-reais, entre outros) para que possam praticar o voo.
Grifos (Gyps fulvus) |
Para corujas e mochos, as instalações têm árvores com caixas e locais onde podem ficar escondidos durante o dia (altura em que são menos ativos) e espaço suficiente para voar e recuperar forças.
As gaivotas, por sua vez, são colocadas numa instalação com um lago, onde podem limpar as suas penas e praticar o voo antes de serem devolvidas à Natureza.