No final de janeiro de 2017, foram anilhadas várias gaivotas, prontas a serem libertadas. Nesta altura, para além das anilhas metálicas, as gaivotas foram também marcadas com anilhas coloridas, para facilitar a identificação desse animal.
Nos meses seguintes, uma das gaivotas-d’asa-escura (Larus fuscus) libertadas, a F943, foi observada na região de Portimão.
Fotografia tirada em 2017, em Portimão, e cedida por Carl Baggot |
Mas sendo uma espécie migradora, não nos surpreendemos quando, em 2018, recebemos imagens desta ave no Reino Unido e nos Países Baixos.
Desde então, esta “nossa” amiga, agora com plumagem completa de adulto, tem sido observada todos os anos na região de Beccles, no Reino Unido, e este ano não foi exceção.
Fotografia tirada em 2022, em Beccles (Reino Unido), e cedida por Richard Walden |
Uma outra gaivota-d’asa-escura, anilhada em 2016 com a marca F923, tem sido observada todos os anos em Portugal, mas em maio do ano passado foi vista em Inchkeith, também no Reino Unido.
Mais tarde, em novembro foi observada novamente em Portugal, mais especificamente nas salinas de Olhão, e este ano já foi registada a sua presença novamente em Inchkeith.
Este é um caso bastante peculiar, pois esta gaivota chegou ao nosso centro com uma fratura na pata direita, que exigiu intervenção cirúrgica para amputação. Mas apesar deste contratempo, não deixou de seguir o seu rumo, tendo já sido observada a nidificar.
Fotografia tirada em 2021, em Inchkeith (Reino Unido), e cedida por Ron Morris |
Fotografia tirada em 2022, em Inchkeith (Reino Unido) perto do local de nidificação, e cedida por Ron Morris |
Estes são apenas dois casos que demonstram a importância da anilhagem e marcação como forma de estudar os seus padrões de migração, e eventualmente conhecer melhor a longevidade etária de uma determinada espécie.
A laranja – gaivota F943. A roxo – gaivota F923 . |