No passado dia 2 de fevereiro, a convite do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) fomos até ao Centro Interpretativo da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António para comemorar o Dia Mundial das Zonas Húmidas.
Juntamente com vários estudantes, devolvemos à natureza um peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus), uma espécie que apesar de não ser a mais representativa de uma zona húmida, também existe e prolifera nesta região.
Mas porque veio para o RIAS?
Durante o exame físico, foi-lhe encontrado um hematoma e uma fratura na quilha, uma fratura antiga na clavícula direita, assim como inflamação no olho direito. Foi iniciado o tratamento com antibiótico e deixado a repousar, já que nada havia a fazer relativamente às fraturas. Alguns dias mais tarde, já com a inflamação e o hematoma a desaparecer e a comer sozinho, foi transferido para uma nova instalação, onde continuou sob monitorização constante da equipa, mas já fora dos cuidados intensivos.
Aqui permaneceu durante quase duas semanas até ser novamente transferido para uma câmara de muda – um espaço exterior destinado à última fase de recuperação em que é feito o treino de voo e caça. Ao longo da sua estadia nesta instalação, recuperou a condição física e teve sucesso a caçar alimento vivo, um fator essencial para sobreviver sozinho na natureza.
No momento da sua libertação, contámos com a ajuda de uma das alunas presentes, como forma de presente de aniversário atrasado, já que fez anos no dia anterior.