Crias de ouriço-cacheiro recém-nascidas. |
Não há ninguém em Portugal que não conheça o ouriço-cacheiro, mas o que muitos não sabem é que este mamífero é o maior dos insetívoros da fauna portuguesa, alimentando-se sobretudo de invertebrados junto ao solo. A espécie ocupa todo o território português, ocorrendo tanto em florestas e pastagens, como em jardins. É uma espécie essencialmente solitária e territorial, com hábitos noturnos, e, numa única noite, pode percorrer mais de 3km!
Têm o dorso coberto por cerca de seis mil espinhos longos e aguçados, cujo desenvolvimento se inicia poucos dias após o nascimento (como é possível constatar neste curto vídeo, filmado quando as crias tinham apenas quatro dias!). Este é um método de defesa que lhes permite, quando ameaçados, enrolar o corpo, não deixando espaço para que o predador aceda a zonas do corpo desprovidas de espinhos.
Na manipulação de ouriços-cacheiros recomenda-se o uso de luvas. |
A época de reprodução tem início na primavera, uma vez findo o período de hibernação, e as fêmeas têm habitualmente uma ninhada de 2 a 8 crias em setembro. A maturação sexual é atingida com um ano de idade e a espécie tem uma longevidade média de 3 anos, mas podem viver até aos 10 anos de idade.
Muitos ouriços-cacheiros que ingressam no RIAS são órfãos. |
Neste momento, temos seis ouriços-cacheiros em recuperação no RIAS, e todos aguardam apadrinhamento. Apoie a recuperação destes animais com o seu apadrinhamento e torne-se um membro ativo na conservação desta espécie!