Em meados de Junho, o CRASSA recebeu um ganso-patola (Morus bassanus) juvenil que foi resgatado na Praia da Costa de Santo André pela equipa do ICNF da Reserva Natural da Lagoa de Santo André e da Sancha.
Aparentava ter bastante dificuldade na locomoção. Porquê? Tinha um fio de plástico enrolado à volta do bico e do pescoço, impedindo-o de levantar a cabeça.
Durante o exame físico, a equipa do CRASSA não encontrou mais nenhum corpo estranho (anzol, fio, etc.) dentro do esófago, e por isso, pôde remover de imediato o fio. Posteriormente, o animal foi estabilizado com recurso a fluidoterapia oral, e mais tarde, foi-lhe fornecido peixe que aceitou de bom grado.
Esta espécie passa grande parte da sua vida em alto mar, e por isso era de extrema importância a adequação da instalação em cativeiro a esta sua necessidade. Por não possuir uma piscina adequada para as necessidades do animal, o CRASSA recorreu à Rede Nacional de Centros de Recuperação de Animais Selvagens, e entrou em contacto connosco, um dos centros adaptados à receção de aves marinhas.
Quatro dias após ter chegado a este centro no litoral alentejano, deu então entrada no RIAS. Aqui, permaneceu inicialmente numa piscina pequena com acesso a uma plataforma para avaliar a impermeabilidade. Dias mais tarde, forte e já confirmada a impermeabilidade, foi transferido para uma piscina maior onde ficou sem plataforma até ao fim da sua “estadia”.