Sob a denominação completa de “Estratégias e técnicas demonstrativas para a erradicação de cágados invasores”, o Projecto LIFE Trachemys (LIFE09 NAT/ES/000529) integra-se no Programa LIFE+, um instrumento financeiro para a conservação e protecção da natureza na União Europeia, que co-financia iniciativas ambientais nos estados membros da União Europeia.
Este projecto está incluido na secção “LIFE+ Biodiversidade” que visa desenvolver projectos inovadores ou de demonstração que contribuem para a concretização dos objectivos da Comissão Europeia “Travar a perda de Biodiversidade”.
Sendo um projecto internacional, desenvolvido em Portugal e Espanha, conta com a participação e troca de experiências entre os beneficiários coordenadores e os beneficiários associados:
Beneficiário Coordenador Geral:
Beneficiário Coordenador Nacional:
Beneficiários Associados:
Co-financiamento Comunitário:
Equipa LIFE+ Trachemys
Da esquerda para a direita: Ignacio Lacomba Andueza (Generalitat Valenciana/VAERSA), Fábia Azevedo (ALDEIA/RIAS), Bruno Herlander Martins (CIBIO-UP), José Teixeira (CIBIO-UP), Ana Alves (Águas e Parque Biológico de Gaia) e Vicente Sancho Alcayde (Generalitat Valenciana/VAERSA)
A introdução de espécies exóticas é um dos principais problemas da conservação da biodiversidade. Na Europa, o caso das tartarugas aquáticas alóctones é especialmente preocupante para as espécies autóctones Emys orbicularis (cágado-de-carapaça-estriada) e Mauremys leprosa (cágado-mediterrânico).
Emys orbicularis (cágado-de-carapaça-estriada)
Para reduzir este impacto pôs-se em marcha o projecto LIFE+ Trachemys, co-financiado pela Comissão Europeia, para o seu desenvolvimento em 17 zonas húmidas da Generalidade Valenciana e Portugal.
Os objectivos principais do projecto são:
– Diminuir a perda de biodiversidade aquática devido à presença de tartarugas exóticas, sobretudo de Trachemys scripta.
– Criar uma estratégia de erradicação de populações selvagens de tartarugas exóticas invasoras. – Conservar as populações actuais de anfíbios e tartarugas autóctones.– Desenvolver regulamentos específicos para evitar o comércio e o uso de tartarugas invasoras como animais de estimação bem como a sua libertação em meio natural. – Informar a sociedade para a problemática causada pela libertação de espécies exóticas na natureza e evitar esta prática tão habitual. – Pôr em prática a metodologia e técnicas propostas em zonas piloto para demonstrar a sua adequabilidade e viabilidade.
– Criar uma estratégia de erradicação de populações selvagens de tartarugas exóticas invasoras. – Conservar as populações actuais de anfíbios e tartarugas autóctones.– Desenvolver regulamentos específicos para evitar o comércio e o uso de tartarugas invasoras como animais de estimação bem como a sua libertação em meio natural. – Informar a sociedade para a problemática causada pela libertação de espécies exóticas na natureza e evitar esta prática tão habitual. – Pôr em prática a metodologia e técnicas propostas em zonas piloto para demonstrar a sua adequabilidade e viabilidade.
Uma vez demonstrada a adequabilidade da metodologia e técnicas propostas para a sua réplica em outras áreas com este problema, esperamos conseguir os seguintes resultados: – Desenvolvimento de um protocolo padrão e um manual de métodos e técnicas para a erradicação de populações de tartarugas exóticas invasoras; – Aplicação do protocolo em zonas húmidas piloto situadas em Espanha e Portugal; – Demonstração da viabilidade de novas técnicas para a detecção de áreas de nidificação de tartarugas exóticas; – Colheita de ovos e indivíduos em populações naturalizadas de tartarugas exóticas; – Reforço populacional de tartarugas autóctones em 10 zonas húmidas de Espanha e Portugal, e; – Organização de um seminário internacional sobre o controlo de fauna exótica invasora em zonas húmidas.
Duração do Projecto: 3 anos
Data de início: 01/01/2011
Data de fim: 31/12/2013
Área de actuação em Portugal:
As capturas de animais serão realizadas em 4 lagoas de Loulé: Lagoa do Garão, Lagoa de São Lourenço, Lagoa das Dunas Douradas e Lagoa da Quinta do Lago Sul. Os cágados capturados serão encaminhados para o RIAS em Olhão e para o Parque Biológico de Gaia.
Principais Acções da ALDEIA / RIAS:
As acções do RIAS neste projecto consistirão na gestão dos cágados exóticos capturados, controlo epidemiológico dos cágados exóticos e reprodução em cativeiro de cágado-de-carapaça-estriada (Emys orbicularis) para posterior reintrodução no meio natural.
Legislação:
Este projecto tem como base legal nacional o Decreto-Lei nº 565/99 de 21 de Dezembro que regula a introdução na natureza de espécies não indígenas da flora e fauna, proíbe a criação ou detenção em local confinado e a utilização como animal de companhia da espécie Trachemys scripta, sendo neste aspecto mais restritivo do que os regulamentos comunitários (Regulamento da Comissão nº 2551/97/CE e Regulamento (CE) nº 349/2003 da Comissão.
Pode descarregar o Decreto-Lei nº 565/99 aqui.
Contactos LIFE+ Trachemys:
Coordenador Geral Valência: lifetrachemys@gva.es
Coordenador Portugal: José Teixeira (CIBIO-UP): jteixeira@mail.icav.up.pt
Coordenador do trabalho de campo: Bruno Herlander Martins (CIBIO-UP): bruno_herlander@hotmail.com
ALDEIA/RIAS: Fábia Azevedo: rias.aldeia@gmail.com
Parque Biológico de Gaia: Ana Alves: ana@parquebiologico.pt
Site Oficial do Projecto: