É na altura da primavera/verão que as aves nidificam (constroem o ninho) e as pequenas crias eclodem dos ovos. Por esta razão, são várias as crias/juvenis encontradas no chão, recolhidas e entregues no nosso centro.
Mas será o mais correto recolher a pequena cria?
Nem sempre!
O primeiro factor a ter em conta é o estado de saúde da ave. Caso aparente ter ferimentos ou estar debilitada deverá obviamente ser encaminhada para o centro de recuperação de fauna selvagem mais próximo – Lista Nacional de centros de recuperação para fauna selvagem AQUI.
Em caso algum deverá manter a ave em casa! Para além de ser ilegal, está a comprometer a sua recuperação.
À esquerda uma andorinha mantida em casa durante vários dias, e à direita uma transportada rapidamente para o RIAS. |
Caso não pareça ter nenhum ferimento, há que questionar se:
– Tem penas?
– Há perigo (estradas ou predadores) nas proximidades?
– Os progenitores poderão estar por perto?
Todos estes pormenores são importantes na decisão. Se a ave já tiver penas, pode apenas ser sinónimo de que está na fase em que começa/aprende a voar – em inglês denominada de fledgling –, e poderá ter tentado o seu primeiro voo. É comum ficarem nas imediações do ninho, e serem alimentadas pelos progenitores.
No entanto, se a ave ainda não tiver desenvolvido penas – em inglês denominada de nestling -, poderá ter caído acidentalmente do ninho ou estar sem os progenitores, e desta forma, corre o risco de não sobreviver. Neste caso, e se os progenitores foram observados, deve ser colocada no ninho ou num local alto. Caso não encontre um local seguro para a deixar, deverá transportar/encaminhar a ave até um centro de recuperação de fauna selvagem.
Apesar de todas estas orientações, poderão haver exceções.
Em caso de dúvida, pode sempre contactar-nos.
E lembre-se…
A melhor hipótese de sobrevivência da cria será com os progenitores.