tratamento de animais que são encontrados feridos ou debilitados e posterior
libertação. Na última semana, foram admitidos 64 animais no RIAS, dentre os quais um ouriço-cacheiro, recebido no Sábado, foi o único registo que não correspondeu a aves.
Embora estejamos quase no final de Outubro, e a época de migração outonal já avançada, ainda deu entrada no RIAS um noitibó-cinzento. Esperamos que este indivíduo, que se encontra internado devido a um trauma, recupere rápido para poder chegar ao destino da sua migração, em África. Por outro lado, um noitibó-de-nuca-vermelha foi devolvido à natureza na passada terça-feira. À semelhança do seu congénere, o noitibó-cinzento, também esta é uma espécie estival em Portugal e, por isso, o indivíduo libertado seguiu certamente na sua rota migratória para Sul.
Devolução à natureza de um noitibó-de-nuca-vermelha, na passada terça-feira. |
Outras três aves foram devolvidas à natureza, pertencentes a três espécies distintas. Uma rola-turca e uma garça-boieira foram recebidas enquanto crias e agora libertadas, uma vez concluído o seu desenvolvimento. A outra ave foi um guincho-comum que esteve quase um mês ingressado devido a síndrome parético, tendo beneficiado de fluídos e de papas nutritivas durante a sua recuperação.
Garça-boieira libertada junto ao moinho de maré da Quinta de Marim. |
O trabalho de recuperação tem um impacto imediato
no bem-estar e sobrevivência de cada animal que passa pelo RIAS e, no caso das aves migradoras estivais, é importante que a sua recuperação seja breve de modo a que prossigam a sua viagem de imediato. Caso não consigam recuperar a tempo, estas aves são mantidas no RIAS pelo menos até ao regresso primaveril dos indivíduos da sua espécie.